segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Efetivo feminino ganha espaço no Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015 - 12:22 - Fotos:  Secom-PB
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Na data em que se comemora o Dia Estadual da Mulher Militar, nesta segunda-feira (26), as mulheres que compõem o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB) colecionam conquistas. Hoje, elas somam 116 mulheres, representando 9% do total do quadro da corporação, que é de 1.262 militares. Também atuam nas mais diversas unidades operacionais do Estado, exercendo as mesmas funções que os homens, incluindo cargos de comando.
Entre elas, está a tenente coronel Jousilene Sales, que exerce a função de comandante do 2º Batalhão Bombeiro Militar, situado em Campina Grande. Atualmente, ela coordena uma equipe de aproximadamente 200 integrantes e é uma das veteranas da corporação. Ingressou no Curso de Formação de Oficiais do ano de 2000, o primeiro da Paraíba que abriu vagas para mulheres.
“Cerca de 15 anos depois, com certeza posso dizer que foram várias as conquistas, tanto profissionais, através do reconhecimento da capacidade da mulher, que ocupa hoje cargos anteriormente só exercidos pelos homens, como o apoio pessoal. Temos reconhecido o direito à licença maternidade, à amamentação, entre outros que ajudam a mulher a conciliar o trabalho e a família”, contou.
Para a coronel, a jornada dupla não é fácil, é preciso ter uma dinâmica muito grande, “mas a gente conta com o incentivo dos companheiros de farda e a compreensão da família.  De toda forma, é gratificante demais, tendo em vista o valor que a nossa profissão tem para a sociedade. É bom mostrar aos filhos que estamos exercendo uma profissão respeitada mundialmente”.
Quebrando paradigmas, a soldado Allyenn Duarte é um exemplo da força das mulheres dentro do Corpo de Bombeiros. Já dirigiu diversas ambulâncias e hoje é uma das motoristas da autoplataforma aérea, veículo de grande porte equipado com moderna tecnologia para o combate a incêndio e salvamentos em locais elevados. “Para mim, é um privilégio muito grande, amo o que faço e muitos me dão apoio. Quero quebrar muito mais paradigmas dentro da corporação”, revelou Allyen. “Quando circulo na viatura, as pessoas ficam admiradas, algumas até acenam. Uma vez cheguei conduzindo uma ambulância em um hospital da Capital e uma mulher ficou emocionada, chorou ao ver uma mulher exercendo tal atividade. Aonde chego sou parabenizada”, confessou.
Valorização e benefícios – O comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB), coronel Jair Carneiro, lembrou da importância desta data como reconhecimento para todas as mulheres da corporação. “É um marco, é uma data que valoriza as mulheres militares, que nos últimos dez anos ingressaram de forma maciça nos Bombeiros”, citou, ao enfatizar que desde a formação o efetivo feminino tem tratamento idêntico ao masculino.
“Temos mulheres atuando em todos os setores da corporação, como no atendimento de ocorrências com as viaturas de combate a incêndio, atendimento pré-hospitalar e busca e salvamento, além da parte administrativa”, destacou Jair, ao adiantar que ainda esta semana direitos já garantidos no dia a dia das mulheres da corporação serão oficializados através de portaria a ser publicada em Boletim Interno.
Entre eles, estão o aumento da licença maternidade de quatro para seis meses, o afastamento imediato da atividade operacional e transferência para o administrativo quando da descoberta da gestação e o apoio para a realização de exames e consultas pré-natal. Para as grávidas, também será facultada a participação em solenidades militares e, em caso de comparecimento, haverá a dispensa para entrar em forma com a tropa.
História – A inclusão da mulher dentro do quadro do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba se deu gradativamente, sendo iniciada com a transferência para o Quartel do Comando Geral BM, em 1997, da então cabo Josinete, que era da Polícia Militar. Já a partir do ano 2000, outras mulheres da PM foram transferidas como a cabo Marta, a sargento Verônica e a sargento Josineide.
Ainda em 2000, foi iniciada a primeira turma de oficiais BM com vagas para mulheres, que formou as mais antigas oficias da corporação , a exemplo da  tenente coronel Jousilene Sales e as majores Clécia Cabral e Sabrina Silva. No mesmo ano, foi realizado o curso de sargentos com a primeira aluna mulheres e, cinco anos mais tarde, foi aberto o Curso de Formação de Soldados pioneiro no quesito presença feminina.
Desde então, o ingresso das mulheres se consolidou, com oferta anual de vagas no Curso de Formação de Oficiais e também oportunidades quando da abertura do Curso de Soldados (CFsD).

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