Areia (Paraíba)
Areia é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião do Brejo Paraibano. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 26 569
habitantes. A área territorial é de 269 km².
Com
muitas riquezas naturais, situada em local elevado, Areia, no inverno, é
coberta por uma leve neblina, e suas terras possuem diversas fontes e
balneários aquáticos.
É
também muito conhecida por suas riquezas culturais, particularmente o Museu
de Pedro Américo, com inúmeras réplicas dos quadros do mais célebre cidadão areiense -
entre elas a famosa obra "O Grito do Ipiranga", encomendada a ele por
Dom Pedro
II, e o Museu da Rapadura,
localizado dentro do Campus da UFPB na cidade, onde o turista pode observar as
várias etapas da fabricação dessa iguaria e dos outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça, sendo a areiense muito conhecida exteriormente por seu incomparável
sabor. Areia foi considerada por muito tempo como "Terra da Cultura"
tendo seu teatro - o "Theatro Minerva" - sido edificado 50 anos antes
que o da capital do Estado da Paraíba. Para aquela cidade hospitaleira, de
invernos rigorosos, convergiam estudantes de todo o Nordeste, sendo expoentes
deste tempo a Escola de Agronomia do Nordeste, o Colégio Santa Rita (Irmãs
Franciscanas, alemães) e o Colégio Estadual de Areia (antigo Ginásio Coelho
Lisboa). Seus filhos se destacavam em todos os concursos de que participavam.
Carminha Sousa e Laura Gouveia eram reconhecidas pela capacidade de educar e
formar pessoas na língua portuguesa.
Em 1648, a expedição em busca
de recursos minerais de Elias Herckman,
então Governador holandês da Paraíba, percorreu a mando de João
Maurício de Nassau a região onde hoje se assenta a cidade de
Areia sem entretanto nada encontrar. Pouco mais tarde, em meados do século
XVII, desbravadores portugueses percorreram a região, tendo um deles, de nome
Pedro Bruxaxá, se fixado no local à margem do cruzamento de estradas que eram
caminho obrigatório de boiadeiros e comboieiros dos sertões com destino à
cidade de Mamanguape e
à Capital. Dada a amizade que fez com os nativos, ali construiu um curral e uma
hospedaria conhecida como “Pouso do Bruxaxá”. A região foi por muitos anos
denominados "Sertão de Bruxaxá".
Com o tempo, entretanto, devido a um
riacho que possuía bancos de areia muito brancas, o povoado passou a ser
chamado de Brejo d'Areia, já que o lugarejo fica na Microrregião do Brejo Paraibano,
região da Paraíba não
muito longe do litoral, que recebe os úmidos ventos alísios vindos do Atlântico e
possui uma cobertura vegetal de floresta atlântica, hoje em dia reduzida a
manchas. Por isso, também chamada de Zona da Mata.
O povoado foi elevado à categoria de
vila em 30 de
agosto de 1818 e, em 18 de maio de 1846, tornou-se
cidade.
Com o desenvolvimento da lavoura
canavieira na Região do Brejo, no século XIX, a cidade de Areia tornou-se
o maior município da região, mas tal proeminência econômica começou desde o século
anterior, XVIII, com a precedente lavoura do algodão. A campanha abolicionista
no município teve a liderança de Manuel da Silva e Rodolfo Pires, e a cidade
libertou o último escravo pouco antes da Abolição
da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888.
Areia participou ativamente das Revoluções do
século XIX, tais como a Revolução
Pernambucana, em 1817, a Confederação
do Equador, em 1824 e a revolta do Quebra-Quilos, em 1873.
Areia foi a principal civilização do
Alto Brejo paraibano durante o século XIX, final do século
XVIII e início do século XX a tal ponto de ter tido o primeiro
teatro do estado, a primeira faculdade, etc. Isso atesta um padrão interessante
na história da Paraíba, onde antes o desenvolvimento se concentrava no interior
e só depois atingiu a capital (que já era um pólo importante nos séculos XVI e
XVII - única cidade lusófona fundada por espanhóis durante o reino dos
Filipes).
Prefeitos
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1948-1951 José Antônio Maria da Cunha Lima
Filho-Prefeito
Vice:
José Castor Gondim
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1952-1955 Armando de Freitas-Prefeito
Vice:
Nabuco de Assis Pereira de Melo
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1955-1959 Manoel de Azevêdo Maia-Prefeito
Vice:
Severino Ciro Dias
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1959-1963 Nilo D'ávila Lins-Prefeito
Vice:
José Henrique Batista de Albuquerque
·
1963-1969 Elson da Cunha Lima-Prefeito
Vice:
Manoel Dias da Costa
·
1969-1973 Abel Barbosa da Silva-Prefeito
Vice:
João Xavier Paiva
·
1973-1977 Elson da Cunha Lima-Prefeito
Vice:
Agamenon da Cunha Lima
·
1977-1983 Lívio de Azevêdo Maia-Prefeito
Vice:
José Alves de Lima
·
1983-1988 Sebastião Tião Gomes Pereira-Prefeito
Vice:
Waldenor Trajano dos Santos
·
1989-1992 Ademar Paulino de Lima-Prefeito
Vice:
Antônio Carlos Quéiroz Teixeira de Barros
·
1993-1996 Antônio Carlos Quéiroz Teixeira de Barros
Vice:
Francisco de Assis Medeiros Jardelino
·
1997-2000 ÁdriaPerazzo Gomes-Prefeita
Vice:
Vicente Bernardo Dias
·
2001-2004 Ademar Paulino de Lima-Prefeito
Vice:
Edilson Guedes da Costa
·
2005-2008 Elson da Cunha Lima Filho-Prefeito
Vice:
José Tavares Sobrinho
·
2009-2012 Elson da Cunha Lima Filho-Prefeito
Vice:
Ademar Paulino de Lima
·
2013-2016 Paulo Gomes Pereira-Prefeito
Vice:
André Ricardo Barreto Perazzo Costa
Principais
datas
·
18 de maio - Aniversário de Emancipação Política
·
No mês de Julho a cidade vive o roteiro Caminhos do
Frio Rota Cultural e Festival de Artes de Areia
·
Na última semana do mês de Setembro, Areia realiza
o Festival Brasileiro da Cachaça e Rapadura - BREGAREIA
·
8 de dezembro - Festa da Padroeira Nossa Senhora da
Conceição
Filhos
ilustres
Os
personagens históricos mais conhecidos de Areia são o pintor Pedro Américo (pintor
do Segundo Império), José
Américo de Almeida (ex-governador da Paraíba,
escritor e importante político nacional), Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques (primeiro
arcebispo da Paraíba), AbdonFelinto
Milanês (músico erudito), Abdon Milanês (político
da Primeira
República e pai do compositor) além de Elpídio de Almeida (médico
e ex-prefeito da cidade de Campina Grande),
Álvaro Machado (fundador do Jornal A União), entre outros.
Curiosidades
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Foi a segunda cidade do Brasil a decretar a
abolição da escravatura antes mesmo da lei ser assinada pela Princesa Isabel.
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Concorreu a capital da cultura 2009
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Possui 117 engenhos.
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Primeiro Teatro da Paraíba - Teatro Minerva
(anteriormente chamado de Recreio Dramático)
·
Possui uma Banda Filarmônica Centenária (um ano a
menos que a cidade)
·
Tem o atual prefeito como primeiro prefeito
reeleito da história política da cidade.
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A Paróquia Nossa Senhora da Conceição de
Areia, é a paróquia mais antiga da Diocese de
Guarabira criada em 1813.
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O grupo de tradicoesFolcloricas "Moenda"
um dos mais antigos grupos culturais da cidade, criado em 1979, com destaques
nacionais e internacionais ainda ativos na cidade.
·
Destaca-se em Areia o Grupo Cênico Recreio
Dramático, grupo que já apresentou e ganhou prêmios por toda Paraíba.
·
Elson da Cunha Lima Filho foi o primeiro prefeito
reeleito da história de Areia.
·
A Rádio Comunitária Areia FM foi a primeira
emissora comunitária da Paraíba a ter o seu projeto de lei encaminhado ao
Congresso Nacional pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso. A rádio
pertence à Associação Artística e Cultural de Areia, criada em 14.05.1997.
PONTOSTURÍSTICOS
IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
A Igreja Matriz começou como capela no ano de 1800. Fiéis
e párocos foram reformando-a com o decorrer do tempo. Hoje, bela e bem
localizada, acolhe seusfiéis para as
cerimônias religiosas.
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Construída pelos negros no final do século XVII e início
doséculo XVIII, sendo uma das igrejas mais antigas da Paraíba.
TEATRO MINERVA
Primeiro Teatro da Paraíba foi construído por iniciativa
de 60 moradores da cidade e inaugurado em 1859. Chamava-se Teatro Recreio Dramático.
SOLAR JOSÉ RUFINO
Funciona a Secretaria de Turismo e Eventos Secretaria de
Cultura, Secretaria de Esporte Juventude e lazer da Prefeitura Municipal de
Areia, o Ponto de Cultura Viva o Museu e a Associação dos Amigos de Areia -
AMAR. O Solar foi construído pelo marinheiro Jorge, em 1818. O Solar se destaca
pela sua beleza e presença de quatro beiras, sinal de riqueza e pelas seteiras
- abertura de proteção contra invasores.
PARQUE ESTADUAL MATA DO PAU FERRO
Localizado na comunidade da Chã do Jardim a 7 km da cidade
de Areia, constitui um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste,
Funciona como um refúgio para animais ameaçados de extinção como o pássaro
pintor, a cobra jararaca entre outros. Neste parque encontramos inúmeras
trilhas com árvores gigantescas formigões diversos pássaros e plantas
venenosas.
UFPB - CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
1ª Escola de Agronomia do Nordeste, atual campos II da
UFPB onde se destaca a sua área botânica como BAMBU GIGANTE e o ORQUIDÁRIO.
BALNEÁRIO FURNAS
Àrea de lazer com várias cachoeiras, cavernas de pedra,
piscinas naturais mesas ao ar livre, sinuca e trilha. Restaurante com comida
regional com destaque para a Furnalada, queijo coalha recheado de banana e
canela com molho de malado e coco.
A cidade que recebeu do carinho de seus filhos e da
admiração de homens inteligentes, os significativos nomes da “Cidade Relíquia”,
“Cidade Eterna” ou “Atenas Paraibana”, guarda, na austeridade de suas ruas,
especialmente em seus monumentos, a memória de seu antigo apogeu
O SOBRADO DE JOSÉ RUFINO – No início do século XIX,
homens de fortuna e iniciativa como o português Francisco Jorge Torres, o
capitão Bartolomeu da Costa Pereira e José Antonio Leal, edificaram os
primeiros sobrados da vila. Seguiram-se muitas outras construções congêneres de
propriedade da burguesia local. Um desses velhos sobrados, construído em 1818
foi na década de setenta restaurados por um areiense, José Rufino de Almeida,
que dá um belo exemplo de amor às tradições de sua terra.
O prédio, Funciona a Secretaria de Turismo e Eventos Secretaria
de Cultura, Secretaria de Esporte Juventude e lazer da Prefeitura Municipal de
Areia, o Ponto de Cultura Viva o Museu e a Associação dos Amigos de Areia -
AMAR. Uma espécie de museu. Trata-se de uma construção sólida onde foram
conservadas ao máximo, as linhas originais características à arquitetura
colonial. Possui três pavimentos, incluindo o sótão de águas-furtadas, onde se
encontram mirantes em forma de seteiras, cuja finalidade era permitir a
penetração da luz e do ar além de servir eventualmente para defesa.
A fachada principal apresenta duas ordens de janelas
reticuladas, com vidraças e uma porta que dá acesso ao interior. As do
pavimento superior possuem sacadas guarnecidas com grades de ferro trabalhado.
Lampiões de ferro no estilo da época, colocados na frente e nas fachadas
laterais do prédio, constituem a iluminação externa. Uma cornija que se
prolonga à volta do prédio arremata o conjunto de formas sóbrias e harmônicas.
Internamente, divide-se em 35 aposentos, mobiliados e
decorados com preciosas peças antigas. O piso do pavimento inferior é todo em
tijoleiras exceto a cozinha que conserva as lajes originais do antigo sobrado e
que servia como sala de refeições dos pretos, podendo-se observar as mesas de
pedra engastadas na parede, o fogão de alvenaria, os panelões de ferro de
fabricação inglesa e um primitivo moinho para triturar cereais.
Na parte posterior, a senzala, com seus cubículos
individuais, em torno de um pátio lajeado e dois portões que dão para um
terraço, num plano mais baixo, protegido por balaustrada, todo em pedra, de
onde se descortina a paisagem maravilhosa da Gruta do Bonito.
O acesso ao pavimento superior é feito através de duas
escadas – de madeira com corrimão torneado, logo no vestíbulo principal, e na
parte de trás, por uma longa escadaria de pedra, trabalho dos escravos. O piso
agora é todo assoalhado e o teto travejado com possantes vigas em madeira de
lei. Na sala de jantar há uma lareira. As luminárias, os banheiros, os lavabos,
tudo acompanha o estilo da arquitetura colonial, evocando uma época de fausto
vivida pelos seus ancestrais.
CASA DE PEDRO AMÉRICO
O prédio onde nasceu o grande artista plástico, Pedro
Américo de Figueiredo, é uma construção simples, conjugada, com uma porta e
duas janelas na frente. Havia outrora sala de visitas, sala de jantar, dois
quartos, cozinha, banheiro e um pequeno quintal. Nas proximidades do centenário
de nascimento do pintor, a Prefeitura efetuou a desapropriação do imóvel que
sofreu modificações a fim de funcionar como pinacoteca e museu do Município. As
janela e portas receberam vidraças e a divisão interna foi alterada. Atualmente
consta de duas salas na primeira das quais foi instalado o Museu com mais de
vinte reproduções de telas famosas do artista, alguns esboços autênticos e o
original “Cristo Morto”, de inestimável valor, um dos seus últimos trabalhos,
pintado em 1901
Há também um retrato de Pedro Américo, pintado por seu
irmão Aurélio de Figueiredo. Expostos numa vitrine, objetos de uso pessoal:
alguns pincéis, um velho esquadro. Também uma palmatória que pertenceu à sua
mãe, um álbum de caricaturas, fotos da família e os livros escritos por ele na
Europa – “Holocausto”, em 1882, “O Foragido”, em 1899, “Na Cidade Eterna”, em
1901, além de um crucifixo e um vidro contendo uma página de jornal, retirados
de seu caixão mortuário. Na outra sala funciona a galeria de areienses
ilustres.
IGREJA DO ROSÁRIO DOS PRETOS – A igreja consagrada a
Nossa Senhora do Rosário foi iniciativa de uma Irmandade originalmente composta
por gente de cor. É a mais antiga do lugar embora não se tenha a data precisa
de sua fundação. Sabe-se que ficou inconclusa durante muitos anos. Segundo
Horácio de Almeida, o governo provincial, em 1865 outorgou-lhe uma verba de
quatro contos de réis para o andamento da obras. Documentos falam de uma
empreitada, em 1872, com o mesmo objetivo. Porém tudo indica que sua conclusão
sé se deu em 1886 quando ali se celebrou a primeira festa religiosa. A Igreja
do Rosário acha-se situada no centro da cidade, em frente à Praça Ministro José
Américo de Almeida. Trata-se de uma construção em que se verifica a
persistência do estilo arquitetônico que vigorou durante três séculos a partir
de nossa colonização.
Não fossem os arcos de pleno centro que aparecem em todas
as fachadas do templo, cuja utilização se vulgariza no século XIX e a abertura
também das arcadas, que proporciona uma comunicação franca da capela-mor com a
sacristia ao lado, e o tipo estaria se repetindo.
Uma escadaria dá acesso à Igreja em cuja fachada
principal encontra-se três portas de forma arqueada. A porta do centro é um
pouco mais alta que as laterais. Janelas também em número de três com grades de
ferro forjado, à guiza de peitoril, dando para o coro, guarnecem-lhe a fachada
encimada por um frontão com volutas e uma pequena cruz. Não possui torres. A
parte interna consta de uma nave única, coro simples, logo à entrada, com uma
escadaria lateral que começa dentro da nave. Do mesmo lado um púlpito em
madeira com ornato em relevo e uma cercadura do mesmo material ornada com
delicados lavores. Num plano mais elevado da nave, à entrada da capela-mor,
altares colaterais em madeira pintada de branco, decorados com entalhes em
dourado, abrigam imagens, uma das quais, de Nossa Senhora da Piedade com o
Filho Morto nos braços, esculpida em madeira, é muito bonita.
Na capela-mor, num plano mais abaixo, o altar-mor, é parcialmente
executado em madeira parecendo ter sido completamente em alvenaria. Na
realidade apesar de se encontrar nos trechos de alvenaria o mesmo vocabulário
formal dos altares colaterais, nota-se uma acentuada diferença no acabamento o
que faz com que este altar seja de menos apuro estético tomado como um todo.
Nele se encontra um retáculo com a imagem da padroeira, em estilo barroco,
ladeada por outras de Jesus Menino e São Benedito.
O forro da capela-mor é de alvenaria e reboco pintado,
com a figura em relevo do Espírito Santo que traz em lugar dos pés, ganchos,
dos quais pendia outrora a lâmpada do sacrário. A nave apresenta um forro de
tábuas corridas.
O piso, originalmente em tijoleiras, foi substituído em
época passada, por mosaicos. Somente o coro e uma espécie de sótão por trás do
altar-mor são assoalhados. Na sacristia há somente uma pequena cômoda. Seu uso
atual é apenas a prática de ofícios religiosos
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – Esta igreja tem um
valor histórico tendo acompanhado o crescimento da cidade, desde que era um
pequeno núcleo, de povoamento e a igreja uma simples palhoça onde o vigário de
Mamanguape celebrava uma vez ao mês. Em 1809 aparece como uma capela coberta de
telha. A freguesia foi criada em 1813 mas só em 1834 é que o Padre Francisco de
Holanda Chacon, que regeu a paróquia por 52 anos, ergue a Matriz no mesmo local
da primitiva capela – prédio grande, sem torre, com corredores, tribunas,
coro,consistório e altares em talha dourada.
O Cônego Odilon Benvindo reformou a Matriz derrubando os
corredores e as tribunas, substituindo-os por arcadas, construiu mais altares
de alvenaria e ergueu a torre no centro do edifício. Benzeu-a no dia 20 de
abril de 1902, data que se encontra gravada na fachada principal. O Cônego Francisco
Coelho pôs abaixo o altar-mor de madeira entalhada construindo em seu lugar um
de alvenaria, tirando na ocasião a imagem da padroeira de madeira policromada,
em puro estilo barroco, colocando-a na sacristia. (Essa imagem fora ofertada à
Matriz por um vigário, de Areia, Padre Sebastião Bastos). O vigário Cônego Ruy
Barreira Vieira também realizou melhoramentos no templo que tendo passado por
tantas reformas não segue nenhum estilo definido apresentando características
ecléticas. Possui uma única torre. A parte central da fachada se projeta para a
frente enquanto as laterais ficam recuadas. Uma escadaria protegida por
balaustradas dá acesso às portas de entrada.
O interior compõe-se da nave principal e naves laterais
separadas por arcadas. Ao Longo destas últimas encontram-se altares, alguns dos
quais abrigam imagens antigas, em madeira, de Nossa Senhora das Dores, Menino
Jesus, do Senhor Morto, Jesus Crucificado e do Senhor Ressuscitado. Uma de
Nossa Senhora da Soledade e outra do Senhor dos Passos ostentam cabelos e
vestes naturais.No teto da nave principal há um painel colorido que apresenta
grande interesse artístico. Todos os altares são de alvenaria.
Na Sacristia há um arcaz acima do qual, num nincho,
pode-se ver a imagem de Nossa Senhora da Conceição anteriormente citada. Há
ainda outro móvel em madeira escura com um oratório conjugado.Na parte anterior
do templo fica o coro e sob o mesmo um vestíbulo separado por arcadas da nave
principal.
TEATRO MINERVA – Inaugurado em 1859, com o nome de Teatro
Recreio Dramático constituía o orgulho dos habitantes de Areia, em especial dos
membros da Sociedade Recreio Dramático que o construiu às suas expensas,
iniciativa pioneira que precedeu em trinta anos o teatro da Capital. Funcionava
regularmente com representações dos conjuntos amadores locais. Consta que mesmo
companhias famosas que se exibiam em Recife, iam até Areia, recebendo sempre
muitos aplausos de um povo que tinha amor pela arte e pela inteligência.
Localizado na Rua Epitácio Pessoa, S/N, o prédio de linhas simples, tendendo
mais para o tipo clássico, apresenta na fachada principal três portas e mais
acima duas janelas. Em relevo o nome Theatro Particular e a data de
inauguração, 1859. Um frontão de formato triangular ostenta no tímpano, um
ornato em relevo e mais acima uma decoração em caprichosas volutas no centro da
qual há uma estatueta da deusa Minerva. Esta foi ali colocada por Horácio
Silva, no início do século XX, quando na gestão do prefeito Otacílio de
Albuquerque foram feitos alguns melhoramentos no prédio. A partir daí passou a
ser conhecido por Teatro Minerva.
À entrada há um pequeno hall por onde se penetra na sala
de espetáculo, de piso inclinado, em tijoleiras, com uma passadeira no centro.
Do teto de madeira pende um lustre de ferro com seis braços.
À volta, duas ordens de frisas, superpostas, de formato
circular, em madeira, divididas por colunas simples do mesmo material. Há
luminárias em forma de candeeiros ao longo das paredes laterais.
Na parte posterior, por trás do palco, estão localizados
os camarins ligados ao mesmo e aos corredores por duas entradas laterais.
mobiliário um tanto rústico, foi todo renovado seguindo tanto quanto possível o
modelo original. urante algum tempo o prédio funcionou como cinema porém agora
retornou à sua primitiva função
MONUMENTO A PEDRO AMÉRICO
No cemitério de Areia, em lugar de destaque,
está o mausoléu onde repousam para sempre, os despojos do seu ilustre filho,
repatriados da Itália durante as comemorações de seu centenário.
Monumento talhado em
estilo moderno, singelo, com uma placa em alvenaria onde estão inscritos de um
lado, as datas do seu nascimento – 29/04/1843 e a do seu centenário –
29/04/1943 e os dizeres – “Pedro Américo Potente Engenheiro da Pintura” e
“Passagem do Primeiro Centenário do Seu Nascimento”. Na outra extremidade sua
efígie em relevo. Salientando-se do toda uma espécie de obelisco e uma palheta
com pincéis.
CURIOSIDADES – Toda cidade possui fatos, personagens,
objetos, recantos, que lhe são peculiares. Em Areia podem ser citados: a
gameleira, a fonte do Quebra, o invento de Salviano, as execuções na forca.
A GAMELEIRA – A
majestosa árvore centenária erguia-se no centro da cidade, como um marco
histórico, pois teria sido segunda a lenda, uma estaca do primitivo curral que
brotava no Sertão de Bruxaxá, e desafiando o tempo, acompanhara o
desenvolvimento da cidade que vira nascer. Assinalava a presença de Areia a
quilômetros de distância constituindo um motivo de orgulho dos areienses que
tinham pela árvore uma veneração quase religiosa. Era a testemunha de todos os
ventos, um baluarte no último combate travado pelos revoltosos praieiros em
1849, servindo-lhes o imenso tronco como escudo contra as balas dos legalistas.
Sob sua copa frondosa repousavam os tropeiros, discutia-se política,
encontravam-se os namorados, cantavam os trovadores, inspiravam-se os poetas.
Quando o telégrafo
chegou a Areia em 1894, a gameleira serviu de poste, sendo instalado em seu
espaçoso tronco um isolador da linha telegráfica.
Foi abatida por ordem do prefeito Jaime de Almeida, em
1931. Os areienses lamentaram-lhe a perda como se fora uma pessoa muito querida
O QUEBRA – Em Areia
havia outrora quatro fontes onde a população se abastecia de água potável. Eram
as do Pirunga, do Limoeiro, do Bonito e do Quebra. O nome desta advém das
constantes quedas dos carregadores d’água em sua ladeira escorregadia e a
conseqüente quebra dos potes que conduziam.
Em 1885 o maestro
Tristão Granjeiro, então Presidente da Câmara Municipal, propôs a construção de
um banheiro público na fonte do Quebra. A construção foi iniciada por ele, sem
qualquer ônus para a Prefeitura, auxiliado por particulares e inaugurado no dia
1° de janeiro de 1886. Foi um dia de grande festa, com banda de música
discursos e girândolas de duzentas dúzias de foguetes. Tristão Granjeiro,
entusiasmado, passou todo o dia a reger a orquestra e a banhar-se no Quebra
apanhando uma pneumonia que o levou ao túmulo quinze dias depois. Mas seu
sacrifício não foi em vão. O banheiro do Quebra tornou-se uma tradição em Areia
– todos, ricos ou pobres, iam até lá, a pé, conduzindo suas toalhas,
conversando amigavelmente, fazendo um bom exercício, tomando um delicioso
banho.
O famoso banheiro passou alguns anos interditados por
falta de condições de funcionamento. Foi restaurado na gestão do Prefeito Élson
Cunha Lima que construiu ainda, no local, uma quadra de esportes. É um recanto
agradável e pitoresco e mais uma tradição a ser conservada.
O HIDRO-MOTOR SALVIANO
– Um areiense, AntonioSalviano de Figueiredo criou um aparelho que revolucionou
o mundo da mecânica no país. Após 10 anos de trabalho perseverante, sem os
recursos da moderna tecnologia, apresentou seu Hidromotor, cujo objetivo era o
aproveitamento das ondas do mar. Era de fato uma conquista admirável do gênio,
da capacidade de investigação e estudo, de um homem que arrastou todas as
dificuldades, inclusive a indiferença do meio em que viveu.
O princípio de seu
invento era a transformação do movimento oscilatório das ondas em movimento
rotatório, sempre no mesmo sentido.
O Hidro – Motor Salviano foi levado para o Rio de Janeiro
onde as experiências realizadas alcançaram sucesso chegando mesmo a interessar
ao Governo Federal sua utilização. Entretanto esse entusiasmo teve pouca
duração e logo, por falta de apoio dos poderes públicos, o notável invento foi
relegado ao esquecimento.
EXECUÇÕES NA FORCA –
Areia foi o único município da Paraíba onde a forca se ergueu e funcionou, não
para executar presos políticos, mas para presos comuns, condenados à morte pela
justiça local.
O patíbulo foi erguido
nas imediações do matadouro público, inaugurando-se em 1847, Compunha-se de
dois pesados esteios de madeiras fincados ao solo e ligados no alto por
espaçoso travejamento. Havia ainda a escada por onde subiam o condenado, o carrasco
e o sacerdote.
As execuções eram envoltas em um complicado cerimonial –
o condenado era conduzido à igreja onde ouvia a missa até a recitação do credo
quando então se formava o cortejo fúnebre composto por autoridades civis,
militares, eclesiásticas, a tropa, o povo e até as escolas públicas com todos
os seus alunos e professores (os quais na volta aplicavam em cada aluno meia
dúzia de bolos para lhe servir de lição). A procissão partia lentamente até o
campo da execução parando de espaço a espaço para que o meirinho lesse a
sentença e apregoasse em altas vozes; - Que morra de morte natural no lugar da
forca! O carrasco era escolhido entre os presos, já condenado, que era tirado
da cadeia e obrigado a cumprir o macabro ofício. Duas execuções foram realizadas
no patíbulo de Areia – em 1847, a do negro Marçal, escravo de Manoel Gomes da
Cunha Lima, senhor do engenho Jussara e de Novo Mundo, por haver atacado e
ferido seu senhor quando este açoitava sua esposa e a de Antonio José das
Virgens, vulgo Beiju, a 8 de maio de 1861, acusado de assassínio do Dr. Trajano
Augusto de Holanda Chacon.
Hino de Areia
Ave Areia (Hino Regional)
Letra - Arthur Rabello.
Música: Cidalino Fernandes Pimenta.
`Dedicado ao benemérito Estadista José Américo de Almeida
e ao seu irmão Coronel Jayme de Almeida, estimadíssimo Prefeito Municipal.
Fonte: Areia e sua Música. Livro de Domigos de Azevedo
Ribeiro
Ave Areia:
Diamante engastado na serra.
Lapidado da chuva e do sol,
És Areia! Dulcíssima terra
Mais formosa que o lindo arrebol.
Flor do bosque, que um brejo circunda.
És perene
O lençol d´agua
Que te inunda.
Minha terra, de agrícola flores,
És ninho também de condores!
Minha terra, meu berço de amores,
És ninho também de condores!
Doces sons de uma flauta inspirada
Sintetisas cidade-primor!
És sereia no brejo encantada
Cujo canto é um perigo de amor.
PASSEIOS & TRILHAS
TRILHA SERRA GRANDE - Travessia das Artes ( Alagoa Grande
- Areia )
TRILHA DO IUU - UFPB - Engenho Bujari
TRILHAS MATA DO PAU FERRO - Trilha do Cumbe - Trilha da
Flores - Trilha da Barragem - Trilha Mata do Pau Ferro - Furna - Trilha Mata do
Pau Ferro - Eng. Mineiro
TRILHA DA UNIVERSIDADE - Viveiro Florestal, Orquidário,
Mata da Zootecnia e Bambus Gigantes
TRILHA DA TURMALINA - Visita ao Engenho Cachoeira, Córregos
e cachoeira
PASSEIOS URBANO CIDADE DE AREIA - Visita aos pontos
turísticos da cidade
CAMINHADA DA GAMELEIRA À VÁRZEA - Engenho Gameleira e
Engenho Várzea do Coaty
DADOS GEOGRÁFICOS
Localização
06° 57` 46` S 35° 41` 31` O 06° 57` 46` S 35° 41` 31` O
Unidade federativa
Paraíba
Mesorregião
Agreste Paraibano IBGE/2008 [1]
Microrregião
Brejo Paraibano IBGE/2008 [1]
Região metropolitana
Municípios limítrofes
Arara, Serraria, Alagoa Grande, Alagoa Nova, Pilões e
Remígio.
Distância até a capital
130 quilômetros
Características geográficas
Área
269,424 km²
População
25.714 hab. est. IBGE/2008 [2]
Metro
{{{população_metro}}} hab. est. IBGE/2008 [2]
Densidade
91,5 hab./km²
Altitude
623 metros
Clima
Ameno, com temperaturas que chegam a 8°C no inverno e, em
dias quentes, a 30°C.
Fuso horário
UTC-3
Indicadores
IDH
0,611 médio PNUD/2000 [3]
PIB
R$ 65.542 mil IBGE/2005 [4]
PIB per capita
R$ 2.634,00 IBGE/2005 [4]
MUSEUS
MUSEU CASA DE PEDRO AMÉRICO
O Museu Casa de Pedro Américo tem como Missão
Institucional preservar, enaltecer e divulgar a vida e obra do grande pintor
areiense PEDRO AMÈRICO. Tem ainda como objetivo proporcionar aos visitantes o
prazer de conhecer o pintor através da observação de objetos pessoais, seus
primeiros ensaios, reproduções de suas maiores obras e o original do Cristo
Morto.
Endereço: Rua Pedro Américo, 66 Centro
Fone: ( 83 ) 3362.2288
Responsável: Prefeitura Municipal de Areia
MUSEU REGIONAL DE AREIA
O Museu Regional de Areia tem como Missão Institucional
resgatar e preservar a memória; promover atividades científicas e cultural,
visando a compreensão e o desenvolvimento da sociedade brasileira,
prioritariamente a do município de Areia na Paraíba.
Endereço: Rua Vigário Odilon, 75 Centro
Fones: (83) 3362.2360
Responsável: Paróquia Nossa Srª da Conceição
MUSEU DO BREJO PARAIBANO - Museu da Rapadura
O Museu do Brejo Paraibano tem como principal Missão
Institucional preservar a história do homem do campo do brejo paraibano, com
ênfase na cultura da cana-de-açúcar. Presente desde os primórdios da
colonização, a casa-grande foi elemento organizador da sociedade, núcleo de
dominação social, econômica e política, apoiado nas relações de trabalho
escravista e semi-feudais. Funcionou como engenho de cachaça e rapadura,
fundamentando-se na estrutura latifundiária e na monocultura de cana-de-açúcar.
(Campos II UFPB/CCA).
Endereço: Campos II UFPB/CCA
Fone: (83) 3362.2300 ramal 216
Responsável: Universidade Federal da Paraiba
ENGENHOS
ENGENHO TRIUNFO
Atrativos: história de empreendedorismo, produção de
degustação da cachaça Triunfo e tesanato.
Fones: (83) 3362.2390 e (83) 9931.9861
ENGENHO MINEIRO
Atrativos: produção artesanal de rapadura, doces, polpa
de frutas e queijos.
Fones: (83) 3362.2310 e (83) 9975.3933
ENGENHO BUJARÍ
Atrativos: produção de rapadura e da cachaça BUJARÍ.
Fones: (83) 3362.2257 e (83) 8856.9998
ENGENHO CARRO
Atrativos: produção de rapadura, trilhas, almoço, chalés
e camping.
Fone: (83) 9975.4292
ENGENHO VÁRZEA DO COATY
Atrativos produção da rapadura aerada XAND`S e almoço
regional.
Fones: (83) 8849.1015, (83) 8849.1014 e (83) 9982.4906
ENGENHO QUATI
Atrativos: produção de rapadura, pesque-pague, cháles,
apartamentos, área de lazer e restaurante.
Fones: (83) 9975.7943, (83) 9917.1842
ENGENHO BELA VISTA
Atrativos: produção da chacaça SERRA DE AREIA, trilha do
canavial mata Ambrósia Aberta.
ENGENHO VACA BRAVA
Atrativos: moenda à vapor, degustação da cachaça MATUTA
de mel e rapadura.
Fones: (83) 3322.7952, (83) 8844.4924 e (83) 9984.6559
ENGENHO GAMELEIRA
Atrativos: produção da cachaça BRUXAXÁ
Fones: (83) 9921.3456 e (83) 8855.2332
ENGENHO CACHOEIRA
Atrativos: produção da cachaça TURMALINA DA SERRA
cachoeira, trilhas, passeios de charrete e chalés.
Fones: (83) 9921.3456 e (83) 8855.2332
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